Neste episódio estivemos à conversa com o agricultor João Coimbra para saber mais sobre o projeto de comunicação multimédia ‘A Agricultura Feliz', onde partilha as práticas regenerativas que tem aplicado na sua exploração, a Quinta da Cholda. Na prática este é um conceito que procura fechar um ciclo de forma positiva e onde todos ganham: agricultores, consumidores, fornecedores e, claro, a natureza, gerando um ecossistema de inovação e investimento. João Coimbra quer provar que a agricultura regenerativa não é utópica e alerta que é preciso imprimir uma mudança em contínuo nas práticas agrícolas. Uma conversa a que se juntou José Corte-Real, da Crimolara, e onde o foco esteve nos desafios de acompanhar a complexidade do conhecimento e da resistência à mudança. Entrevistados: João Coimbra, agricultor José Corte-Real, Crimolara Com o apoio de: Crimolara
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45:56
Como valorizar subprodutos da agroindústria?
A circularidade está em foco neste podcast gravado ao vivo durante o evento Go Wide, onde ficámos a conhecer alguns projetos apoiados onde as práticas de agricultura circular são o ponto de partida. O projeto Living Lab Efluentes pretende valorizar os efluentes e coprodutos da atividade agropecuária para produzir biofertilizantes com aplicação em diversas culturas, mitigar os GEE com a redução de amoníaco, mas também apostar na biorefinaria. Nos frutos secos o SAP4CircularAgriculture procura trabalhar uma gestão eficiente do recurso água. A ideia é tentar encontrar uma solução sustentável e inovadora que ajude o aumento da capacidade de humidade nos solos e maior disponibilidade de água para as plantas. Falamos de um polímero superabsorvente gerado por subprodutos como a casca de amêndoa e caroço de azeitona. Já o BioComp_3.0 Grande parte das massas de água estão contaminadas com jacinto de água que são depositadas nas margens dos rios, sem uso aparente e com risco permanente de recontaminação. Avaliar a capacidade de fazer compostagem com esta biomassa com resíduos subprodutos agropecuários, florestais e agroindustriais que permitam preparar produtos compostados. Entrevistados Olga Moreira _ INIAV Jéssica Silva_ Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos Manuel Ângelo Rodrigues_ Instituto Politécnico de Bragança Com o apoio: Química Massó
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34:34
Como preparar os agronegócios para a transição energética?
Neste podcast, gravado ao vivo durante o evento Go Wide, ficámos a conhecer alguns projetos apoiados pelo PRR onde a energia tem um papel fundamental. Começamos pelo FruitPV, um projeto piloto demonstrativo com um pomar de macieiras, instalado na Estação de Fruticultura em Alcobaça, com várias tipologias de painéis fotovoltaicos, com objetivo de perceber o impacto sobre a cultura na proteção contra fenómenos extremos, como o granizo ou escaldão, para além da produção de energia. Como explica Maria do Carmo Martins, do COTHN, este piloto está a testar ainda vários modelos de condução para preparar modelos futuristas para a fruticultura para aplicar a outras culturas. Conhecemos também o RE-FEED, um projeto que pretende contribuir para a transição energética do setor suinícola e agroindustrial através do aproveitamento de bioresíduos. Rita Fragoso, do ISA, revela que a ideia é promove a eficiência energética nas unidades agroindustriais nas suiniculturas, aliada à produção descentralizada de energia, desde a fotovoltaica à codigestão anaeróbia, terminando na também a produção de fertilizantes. Tempo ainda para saber mais sobre o Tools4AgriEnergy, um projeto que pretende desenvolver ferramentas para operacionalização de Comunidades de Energia Renovável e Autoconsumo Coletivo no Agroalimentar, aproveitando a produção local para fazer partilha também local antes de entrar na rede. Quais as energias injetadas e consumidas, qual o critério de partilha e de consumo e quais as compensações financeiras são as respostas que José Villar Collado, do INESC TEC, pretende ver respondidas, em parceria com a EDIA e algumas na região de Beja.
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35:39
“A produtividade é fundamental, mas temos de a fazer crescer de forma sustentável”
A agricultura portuguesa tornou-se mais competitiva nos últimos anos, com aumento da produtividade e maior eficiência na utilização de recursos, graças à tecnologia e à melhoria das práticas agrícolas. A propósito do seu último livro, ‘A agricultura portuguesa: questão que tenho comigo mesmo’ estivemos à conversa com o agroeconomista Francisco Avillez, e com João Machado, CMO da Atlas Agro Insurance MGA, sobre os desafios do setor e as condições para garantir o crescimento dos agronegócios com sustentabilidade. EntrevistadosFrancisco Avillez, agroeconomistaJoão Machado, CMO Atlas Agro Insurance MGA Com o apoio deAtlas Agro Insurance MGA
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51:09
“A mínima intervenção requer um enorme cuidado”
Mais do que os chavões ‘biológico’ ou ‘regenerativo’, a Ode Winery, no Cartaxo, quer usar a inteligência para trabalhar com a natureza e tirar partido dela. A filosofia da ‘mínima intervenção, máxima atenção’ é partilhada pela dupla Beatriz Pires, responsável de viticultura, e Maria Vicente, enóloga, com quem estivemos à conversa para saber mais sobre este projeto que pretende evoluir para novos patamares de sustentabilidade, numa lógica de sinergia e integração, com os primeiros ensaios de agricultura sintrópica. Entrevistadas:Maria Vicente - Enóloga Ode WineryBeatriz Pires -Responsável de viticultura Ode Winery